Fecomércio-SP entrega Agenda Verde
Documento reúne as perspectivas da entidade sobre os caminhos que o país deve adotar
- Postado por Natali Galvao |
- quinta, 17 de abril de 2025 | 10:49 hs
Toninho Giannini (Sincomércio). "A ideia é de que o documento ajude as instâncias responsáveis a elaborarem e realinharem alguns dos projetos que já estão em curso
Foto: Rogério Bordignon
No último dia 10, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) reuniu representantes do governo, da sociedade civil e do setor empresarial para lançar a Agenda Verde, um documento que propõe 12 ações ambientais prioritárias para que o Brasil lidere a pauta climática global. Protagonizaram o evento pela entidade o presidente em exercício, Ivo Dall’Acqua Júnior; o presidente do Conselho de Sustentabilidade da Entidade, José Goldemberg; e as assessoras Cristiane Cortez e Alexsandra Ricci.
Os quatro entregaram oficialmente o documento à secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, CEO e diretora-executiva da Conferência do Clima da ONU desse ano, Ana Toni; ao senador Laércio Oliveira, que foi o relator do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten); e ao deputado federal Fernando Marangoni, que também lidera a Frente Parlamentar da Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável no Congresso.
O evento contou também com a participação de gestores de empresas como Assaí Atacadista, Carrefour, Leroy Merlin, Pernambucanas e Casas Bahia, que debateram alguns dos pilares da agenda, como transição energética, economia circular, logística reversa e, como destaque do encontro, os desafios ambientais do Brasil em um ano decisivo rumo à COP 30, que será realizada em Belém (PA).
“A Agenda Verde reúne as perspectivas da Fecomércio-SP sobre os caminhos que o país deve adotar, considerando a economia, a política e a sociedade sob a ótica das potencialidades e dos limites ambientais. São 12 as metas defendidas para um Brasil mais verde”, resume o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio-Matão), Antonio Geraldo Giannini (Toninho).
AGENDA VERDE
Produzida a partir de debates com entidades do setor produtivo e da sociedade civil, além de empresas e especialistas ao longo de vários anos, a Agenda Verde defendida pela Fecomércio-SP e desenhada pelo seu Conselho de Sustentabilidade é um conjunto de objetivos que a entidade entende que devem ser as prioridades ambientais do país até 2030.
“A ideia é de que o documento ajude as instâncias responsáveis – como o Ministério do Meio Ambiente, instituições sem fins lucrativos, grandes companhias e entidades especializadas – a elaborarem e realinharem alguns dos projetos que já estão em curso no campo ambiental. No longo prazo, a agenda é mais uma ferramenta para alçar o Brasil na discussão global sobre o tema”, diz Toninho.
Vale lembrar que no escopo do Acordo de Paris, em 2015, o país atualizou a meta (NDC) de reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) entre 59% e 57% até 2035. “Além disso, o Brasil afirma que tem condições de zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030. A medida gera debates dentro da discussão ambiental”, comenta.
Os planos da Agenda Verde envolvem acelerar políticas para transição energética, fazer ajustes na recém-aprovada regulação do mercado de carbono, seguir em direção a uma economia mais circular, zerar o desmatamento ilegal, adotar padrões mais eficientes de consumo de água e eletricidade, bem como aplicar uma atuação mais efetiva dos órgãos responsáveis pela área para combater a poluição atmosférica.
“Para a Fecomércio-SP, essas são pautas centrais tanto para consolidar o papel do Brasil como liderança mundial no debate climático como para começar a apresentar resultados mais sólidos ao mundo, em um ano relevante para essa pauta em razão da COP 30, em Belém”, menciona Toninho.
A Agenda Verde também é resultado do trabalho da Fecomércio-SP em várias esferas públicas e privadas, que vão desde a parceria com fabricantes e importadores em Sistemas de Logística Reversa (SLRs) e economia circular na Capital e em cidades do Interior Paulista até a colaboração no Plano Clima, em fase de elaboração pelo governo federal.
A entidade também foi ativa no processo de regulamentação do mercado de carbono (lei sancionada no fim de 2024) e apresentou propostas para o Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR), envolvendo do saneamento básico ao consumo consciente, já que estas recomendações partem do pressuposto de que os municípios brasileiros sejam parte fundamental da agenda sustentável.
Fonte: Rogério Bordignon com informações da Assessoria de Comunicação da Fecomércio-SP
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